sábado, 10 de dezembro de 2011

Oficinas de danças folclóricas retornam em fevereiro do próximo ano


As aulas de danças folclóricas fazem parte do calendário de oficinas do Pontão Cariri Território Cultural, nesta primeira etapa, prevista para ser concluída em maio do próximo ano. Nos quatro núcleos (Taperoá, Monteiro, Serra Branca e Boqueirão) os alunos têm aulas de camaleão, xote, araruna e xaxado. A última oficina de 2011 aconteceu neste sábado (10). As aulas retornam em fevereiro do próximo ano.
Na primeira aula, no dia 20 de agosto deste ano, os alunos tiveram aulas teóricas para conhecer um pouco da origem e história dessas danças. Nos sábados seguintes, os professores iniciaram as aulas práticas, ensinando os passos básicos. “Já estamos na fase da montagem das coreografias, o que é bem mais trabalhoso porque, além de fazer os passos de forma correta e acertar a coreografia, os alunos precisam estar atentos a outros detalhes, como a postura e o alinhamento, por exemplo”, disse Áurea Jane Gouveia, professora do núcleo de Taperoá.
Também estão previstas aulas de galope, reisado, pontões e cambindas. As danças folclóricas fazem parte das oficinas de saberes e fazeres, que incluem, ainda aulas de pífano, zabumba, sanfona, partitura, violino, piano, arte violada, iniciação teatral, xilogravura, arte em barro e madeira e gastronomia regional. Este ano, também tiveram início as aulas de sanfona, que continuam em fevereiro do próximo ano.
O objetivo das oficinas é formar multiplicadores dentro da própria comunidade e nas escolas públicas, fomentando o surgimento de grupos de dança, teatro e música, com o apoio do pontão, contribuindo para a preservação e originalidade da cultural regional.


Pontão entra em recesso a partir deste sábado e retorna as atividades em janeiro


Neste sábado (10) os alunos do Pontão Cariri Território Cultural assistiram as últimas aulas de 2011. Os quatro núcleos (em Taperoá, Monteiro, Serra Branca e Boqueirão) entraram em recesso e voltam a funcionar no dia 7 de janeiro de 2012, quando os alunos farão o mapeamento histórico e cultural dos seus municípios para dar início à produção do Museu Vivo e Virtual. No próximo sábado (17) haverá uma confraternização entre alunos, professores e funcionários nos quatro núcleos.
Desde agosto, quando tiveram início as oficinas, os alunos já tiveram aulas de noções de câmera, roteiro, produção, sanfona e danças folclóricas. A primeira etapa das oficinas deve terminar em maio de 2012. Até lá, estão previstas aulas de direção, edição, fotografia para câmera e vídeo, manutenção de computadores (audiovisual), teatro, pífano, zabumba, rabeca e xilogravura (saberes/fazeres).
São quatro áreas de formação (audiovisual, comunicação, saberes/fazeres e memória) para mais de 400 alunos, que se tornarão multiplicadores nos 41 municípios contemplados. O projeto, financiado pelo Ministério da Cultura (Programa Mais Cultura) é desenvolvido pela Universidade Leiga do Trabalho (ULT), em Taperoá.
Na Paraíba, além das oficinas e do museu vivo e virtual, serão implantados quatro centros de referência da memória Caririzeira e 31 ‘pontinhos’ observatórios da memória do Cariri. Também serão criados um conservatório itinerante de música, um núcleo de produção audiovisual, um estúdio de rádio comunitária na web, quatro cineclubes, quatro bibliotecas e uma orquestra sinfônica.
O objetivo do pontão é fortalecer as ações do Fórum de Cultura e Turismo do Cariri paraibano, bem como dos pontos de cultura e ONGs da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, por meio de um programa de capacitação para educadores e pesquisadores da cultura e tradições populares, voltado para alunos da rede pública, professores, mestres da cultura, agricultores, assentados, crianças atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e integrantes do Projovem. 
Parceiros - O pontão mantém parceria com o Governo do Estado da Paraíba, Sebrae, Fórum de Cultura e Turismo do Cariri Paraibano, Centro de Formação Artística de Boqueirão (Cefar), Associação Mantida por Amigos Responsáveis por Educação, Cultura e Empreendedorismo (Amppare-SerraBranca), Pacto Novo Cariri, UEPB, UFPB, UFCG, prefeituras de Taperoá, Serra Branca, Monteiro e Boqueirão, além das prefeituras dos outros 37 municípios atendidos no Cariri.






quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Festival Internacional de Folclore do Cariri terminou nesta terça, em Marcação


Foram dez dias de apresentações em praças, escolas e feiras livres de oito municípios

A segunda edição do Festival Internacional de Folclore do Cariri terminou nesta terça-feira (29) em Marcação, com a presença de Socorro Maciel, presidente do Cioff Brasil (Comitê Internacional das Organizações de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais). A caravana do festival, formada por grupos do Brasil, Paraguai e África do Sul, passou por oito cidades. Foram dez dias de apresentações em praças, escolas e feiras livres. O evento foi promovido pelo Pontão Cariri Território Cultural, Universidade Leiga do Trabalho (ULT), Centro de Cultura Popular Luisa Maciel e Cioff.
Mais de 90% dos 7.609 habitantes de Marcação tem origem indígena. Os grupos folclóricos fizeram as refeições em restaurantes aconchegantes e de comidas saborosas, instalados em aldeias índígenas. O festival aconteceu à noite na Praça da Matriz. Durante a abertura, Socorro Maciel entregou o broche do Cioff Mundial à Alice Monteiro, coordenadora do festival e do Pontão Cariri Território Cultural.
 “Essa homenagem é pelo trabalho que Alice vem fazendo nessas cidades do interior paraibano, promovendo esse intercâmbio cultural e dando a essas pessoas a oportunidade de assistir a espetáculos que elas jamais teriam acesso”, disse Socorro. O broche do Cioff é concedido à personalidades e delegados oficiais do comitê.  
No cargo há apenas dois meses, o prefeito de Marcação, Adriano Barreto, disse que pretende resgatar as tradições culturais do município. “Essa idéia partiu do secretário de Cultura do Estado, Chico César, durante uma visita ao nosso município. Ele sugeriu que fizéssemos um levantamento dos nossos artistas, que estavam esquecidos e desestimulados. E esse festival foi uma das formas que encontramos para resgatar a autoestima dessas pessoas”, disse.
Espetáculo - A primeira apresentação foi de um grupo de índios representado por integrantes das 15 tribos do município, que dançaram o Toré, manifestação sociocultural comum a vários grupos indígenas das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Outras manifestações culturais de Marcação também fizeram parte da programação, como As Meninas do Coco de Tramataia (formado por senhoras da terceira idade), o Boi do Mangue, o Urso, Maracatu com Toré (apresentado pelas crianças do Peti) e Lapinha de Dona Luiza, grupo de crianças e adolescentes.

O Paraguai Ete (do Paraguai) foi o primeiro grupo internacional a se apresentar. A música e as danças alegres dos paraguaios arrancaram muitos aplausos da platéia. O Grupo de Cultura Os Cariris (de Taperoá) apresentou um pout-pourri de músicas nordestinas (xote, baião, xaxado, coco...) que homenageia os oito estados do Nordeste.  O ritmo africano do Balé de Cultura Negra do Recife (Bacnaré) e do Grupo Sinomusa (da África do Sul) fechou a noite.
No final, o coreógrafo do Bacnaré, Tiago Batista, convidou todos os grupos para o palco. Foi um dos momentos mais bonitos do festival, que começou no último dia 20 em Taperoá e aconteceu também em Assunção, Salgadinho, Camalaú, Monteiro, Soledade e Boa Vista. O festival foi realizado em parceria com o Governo do Estado, Fórum de Cultura e Turismo do Cariri Paraibano, Sebrae, Centro de Formação Artística de Boqueirão (Cefar), Ponto de Cultura Cariris Dança e Vida e prefeituras municipais.