quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Festival Internacional de Folclore do Cariri terminou nesta terça, em Marcação


Foram dez dias de apresentações em praças, escolas e feiras livres de oito municípios

A segunda edição do Festival Internacional de Folclore do Cariri terminou nesta terça-feira (29) em Marcação, com a presença de Socorro Maciel, presidente do Cioff Brasil (Comitê Internacional das Organizações de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais). A caravana do festival, formada por grupos do Brasil, Paraguai e África do Sul, passou por oito cidades. Foram dez dias de apresentações em praças, escolas e feiras livres. O evento foi promovido pelo Pontão Cariri Território Cultural, Universidade Leiga do Trabalho (ULT), Centro de Cultura Popular Luisa Maciel e Cioff.
Mais de 90% dos 7.609 habitantes de Marcação tem origem indígena. Os grupos folclóricos fizeram as refeições em restaurantes aconchegantes e de comidas saborosas, instalados em aldeias índígenas. O festival aconteceu à noite na Praça da Matriz. Durante a abertura, Socorro Maciel entregou o broche do Cioff Mundial à Alice Monteiro, coordenadora do festival e do Pontão Cariri Território Cultural.
 “Essa homenagem é pelo trabalho que Alice vem fazendo nessas cidades do interior paraibano, promovendo esse intercâmbio cultural e dando a essas pessoas a oportunidade de assistir a espetáculos que elas jamais teriam acesso”, disse Socorro. O broche do Cioff é concedido à personalidades e delegados oficiais do comitê.  
No cargo há apenas dois meses, o prefeito de Marcação, Adriano Barreto, disse que pretende resgatar as tradições culturais do município. “Essa idéia partiu do secretário de Cultura do Estado, Chico César, durante uma visita ao nosso município. Ele sugeriu que fizéssemos um levantamento dos nossos artistas, que estavam esquecidos e desestimulados. E esse festival foi uma das formas que encontramos para resgatar a autoestima dessas pessoas”, disse.
Espetáculo - A primeira apresentação foi de um grupo de índios representado por integrantes das 15 tribos do município, que dançaram o Toré, manifestação sociocultural comum a vários grupos indígenas das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Outras manifestações culturais de Marcação também fizeram parte da programação, como As Meninas do Coco de Tramataia (formado por senhoras da terceira idade), o Boi do Mangue, o Urso, Maracatu com Toré (apresentado pelas crianças do Peti) e Lapinha de Dona Luiza, grupo de crianças e adolescentes.

O Paraguai Ete (do Paraguai) foi o primeiro grupo internacional a se apresentar. A música e as danças alegres dos paraguaios arrancaram muitos aplausos da platéia. O Grupo de Cultura Os Cariris (de Taperoá) apresentou um pout-pourri de músicas nordestinas (xote, baião, xaxado, coco...) que homenageia os oito estados do Nordeste.  O ritmo africano do Balé de Cultura Negra do Recife (Bacnaré) e do Grupo Sinomusa (da África do Sul) fechou a noite.
No final, o coreógrafo do Bacnaré, Tiago Batista, convidou todos os grupos para o palco. Foi um dos momentos mais bonitos do festival, que começou no último dia 20 em Taperoá e aconteceu também em Assunção, Salgadinho, Camalaú, Monteiro, Soledade e Boa Vista. O festival foi realizado em parceria com o Governo do Estado, Fórum de Cultura e Turismo do Cariri Paraibano, Sebrae, Centro de Formação Artística de Boqueirão (Cefar), Ponto de Cultura Cariris Dança e Vida e prefeituras municipais. 



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